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Rede Gospel Amados de Deus

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sábado, 12 de junho de 2010

A recompensa do Pastor

REDE GOSPEL AMADOS DE DEUS

Não é salário, tampouco uma grande igreja. Não é o reconhecimento que recebe de algumas ovelhas, pois nem toda ovelha reconhece o trabalho pastoral. O fato é que o pastor sempre está em dívida com o rebanho, pois, por ser humano e falho, não consegue agradar a todos, nem deve tentar fazê-lo. É impossível suprir todas as carências do rebanho. Como o pastor não possui varinha de condão, também não lhe é dado na vocação o poder de adivinhar o que as pessoas precisam, esperam e exigem. Assim, termina por gerar algumas decepções, que podem se manifestar em rebeldia e agressividade. Há ovelhas peritas em entristecer e agredir o pastor à porta do templo após abençoado culto. Agride-se pelo prazer de agredir. Discorda-se pela alegria de gerar tristezas. A ovelha se realiza na tristeza e decepção que causa ao pastor. Isto sem mensurar as que não se deixam pastorear, pois são auto-suficientes e estão acima de qualquer poder ou autoridade.

Somando todos esses fatores e mais alguns conflitos oriundos da vocação em si, tem-se a recompensa que é oferecida ao pastor. Claro está que há alegrias no ministério, e muitas. O velho pastor João expressa sua alegria ao concluir que algumas ovelhas persistiam na senda da verdade. “Não tenho maior alegria do que esta: O de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (3 João 4). Isto não tem preço. Ver o crescimento espiritual de uma ovelha. Às vezes é necessário esperar anos ou décadas para se chegar a tal conclusão. Porém, compensa.

O apóstolo Pedro, após várias crises espirituais, é confrontado por Jesus com a ordem de apascentar suas ovelhas (João 21.15-17). Jesus deixa claro a Pedro que as ovelhas pertencem ao Mestre, e não a Pedro. As ovelhas não são do pastor. Entretanto, são propriedade de Cristo, o grande Pastor. Por isso, em alguns casos, Cristo coloca no rebanho algumas ovelhas que o pastor não colocaria. Na velhice, Pedro aconselha os jovens pastores. Relembra que o rebanho pertence a Deus. Ele terá que ser apascentado com parcimônia, respeito, dedicação e até mesmo sacrifício. Além disso, o apóstolo acrescenta qual o salário desse labor diuturno.

Não é um holerite, tampouco é prebenda (trabalho feito sem nenhum esforço), esse o significado. Não é sinecura (beneficio eclesiástico sem cuidado de almas). Não é salário (pastor não é empregado da igreja). Embora algumas o tratem como empregado de segunda categoria (o pastor não tem direito trabalhista e não é amparado por leis trabalhistas) o pastor deve relatório somente a Deus, que o chamou e capacitou para o exercício pastoral. Não é côngrua (pensão paga aos párocos para seu sustento). Que o digam os pastores e famílias de pastores aposentados que passam dificuldades para sobreviver. À igreja e às ovelhas pouco interessa o que vai acontecer com o pastor quando ficar velho e não mais servir aos interesses do rebanho.

Embora algumas ovelhas vejam o pastor como seu empregado, outras como escravo dos seus caprichos, ainda há as que veem no pastor uma espécie de pajem ou criado: Prega o que elas querem ouvir e realiza o ministério atrelado a um organograma elaborado por especialistas existentes no rebanho. Ai de quem desobedecer aos organogramas. A unção do Espírito Santo não é levada em conta. É tido como falso pastor.

Terminada a digressão, temos a recompensa do pastor por seu labor. “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória” (1 Pedro 5.4). A recompensa ao ministério só ocorrerá na volta de Cristo. Até lá, cabe ao pastor vocacionado por Deus para o exercício do ministério pastoral algumas amostras do resultado final. A alegria de ver algumas almas salvas por Cristo, vidas sendo modificadas pelo poder do Evangelho, famílias aprendendo a amar, crianças crescendo no conhecimento do Senhor. Esta é a esperança que leva o pastor a crer no poder da Palavra. Até mesmo quando ao pregar descobrir que as pessoas não entenderam a mensagem, ou não quiseram entendê-la. A incorruptível coroa de glória, quando Jesus voltar. Estas são algumas recompensas. Até lá só resta ao pastor cumprir a vocação e servir, não aos homens, mas àquele que o chamou. Lembrando sempre os imperativos bíblicos: “Pregue a palavra” (2 Timóteo 4.2). “Cumpre o teu ministério” (2 Timóteo 4.5).

Ao obedecer à recomendação paulina, o pastor tem a mais excelente recompensa do labor pastoral.

Pr. Julio Oliveira Sanches
Extraído do OJB
pastor@pastorjuliosanches.org